Divulgação do livro “Intimidad, Coexistencia y Clínica”, do Prof. Marcos José Müller-Granzotto

09/11/2022 15:25

A intimidade: Apesar de descobrir que a intimidade diz respeito à autonomia de um sujeito que não é mais que um simbolismo autônomo, Freud somente pôde pensa-la na medida em que se manifesta em um “eu”. A suposta intimidade que havia reconhecido ao sujeito somente é acessível através de uma abstração teórica sobre um “eu”. A este “eu” lhe compete enfrentar, compreender e interpretar o sujeito. A Coexistência: O que traz uma dificuldade que, antes de Foucault, Merleau-Ponty ja havia sinalizado: a intimidade termina sendo absorvida pelo “pensamento convencional da identidade” que o “eu” (psíquico) emprestaria ao sujeito. Eis aqui o que justificaria as acusações que, no futuro, faria Foucault – o ilustre aluno de Merleau-Ponty- à institucionalização da praxis psicanalítica, como se ela tivesse se convertido menos em “escuta” e mais em “normalização” da singularidade por meio da aplicação de uma abstração ou saber imposto como dispositivo, precisamente a teoria do eu psíquico. A Clinica:  Existe então uma forma de escutar o íntimo (de mim e do outro) sem fazer dessa intimidade o efeito de uma abstração ou saber imposto como dispositivo.

Marcos José Müller-Granzotto

ISBN: 978-65-80398-06-5 (impresso) /  ISBN: 978-65-80398-07-2 (ebook)

272 páginas.  Usina Dizer Editora