Alterações de data e horário – palestra e minicurso Nikola Mirkovic/Claudia Drucker
Em vista do luto oficial na UFSC, a palestra “Zur Raum wird hier die Zeit: On the spatiality of aesthetic experience and the room of music” foi adiada para o dia 05 de outubro, quinta-feira, às 18h30, no auditório do CED.
O início do minicurso “The role of rhythm, time and space in the experience of music/”O papel do ritmo, espaço e tempo na experiência da música” também foi adiado para o mesmo dia, 05/10, no mesmo local, tendo início após a palestra. A duração do minicurso foi encurtada, pois a última aula continua sendo no dia 11/10, quarta-feira.
Como é possível falar sobre música filosoficamente? Podemos empregar conceitos filosóficos para entender o que é a música? A experiência da música é potencialmente significativa para a filosofia? Neste minicurso vamos discutir essas questões e, assim, nos concentraremos na importância de três conceitos básicos para a filosofia da música: ritmo, tempo e espaço.
A primeira metade do curso é dedicada a uma leitura próxima da conta da música de Hegel.
Na terceira parte dos seus Cursos de Estética, Hegel desenvolve uma compreensão da música como uma forma romântica de arte e a compara a outras formas de arte, como arquitetura, escultura, pintura e poesia. Essas diferentes formas de arte se distinguem em termos de sua materialidade particular. O som, que é introduzido como o meio da música, é descrito como matéria negada. Hegel interpreta a duração limitada dos tons musicais como um processo de transição do domínio da natureza para o domínio interno da subjetividade. Este processo permite a expressão de emoções, sentimentos e sentimentos que pertencem ao interior da vida humana. Na visão de Hegel, a arte da música está ligada à temporalidade desse movimento. Conseqüentemente, a categoria de tempo parece ser de importância crucial para essa abordagem em relação à música. No entanto, sua abordagem não pode ser totalmente compreendida sem os momentos em que o espaço e a espacialidade entraram em jogo.
Na segunda parte do curso, vai ser analisada a relação entre a filosofia da música e as filosofias do tempo clássicas. Inicialmente, portanto, a abordagem será histórico-dedutiva, no sentido em que o fenômeno da música será tratado a partir de conceitos fundamentais em alguns autores. Vamos considerar rapidamente as respostas implícitas ou explícitas de Sto. Agostinho, Hegel e Heidegger, com atenção especial para a noção de ritmo. Apesar de a música ser a arte temporal por excelência, a relação entre música e tempo é relegada a segundo plano. Isto se reflete no tratamento lacunar dado ao tema do ritmo musical. A seguir, pergunta-se se existe aí um problema e sugere-se que tanto um pensamento sobre o tempo como um pensamento sobre a música podem se beneficiar de uma ênfase sobre o tema do ritmo e do tempo musical.
Promoção: Departamento de Filosofia e Programa de pòs-graduação em Filosofia
Inscrições no local! O curso terá duração de 18h.